Apenas uma pequena sombra na Terra

domingo, 8 de maio de 2016

Procrastinando entre delírios e divagações

Eis um vislumbre de como funcionam meus pensamentos (pelo menos a parte que eu acho que consegui entender): Eles geralmente são bombardeados com imagens e situações logicamente imaginativas, e de caráter improvável, de possibilidades de discursos ou situações engraçadas, que, poderiam ocorrer – ou não – se eu tivesse mais ação do que imaginação (que irônico!). E após ela – minha imaginação – me fazer pensar incontavelmente em várias versões de um mesmo fim, com muitos meios e nenhum começo coerente, ela escolhe os melhores (e mais engraçados) e os esconde em algum canto sombrio perto do crânio (provavelmente perto do meu gosto secreto por macaquinhos de pelúcia usando brincos com formatos de banana). E me faz esquecer completamente sobre o que eu estava pensando. Alguns meses depois eu me pego pensando nas mesmas situações e imagens cômicas (sem saber que já havia pensado nelas) e então ela absorve tudo e mistura de forma clínica, formando melhores combinações e melhorando os resultados. Então em um belo dia enquanto estou fazendo algo rotineiro (como encarar avidamente a água fervente do café prestes a borbulhar) meu subconscientemente (até que se prove o contrário) alcança aquele canto sombrio perto do meu crânio, provavelmente utilizando algum tipo de artimanha esquecida, e de repente sei exatamente o que dizer para tal situação, da melhor e mais cômica forma possível. E é nessa hora que eu também costumo fazer uma cara de espanto, pois ao mesmo tempo eu me lembro daquele meu gosto possivelmente estranho, porém secreto, que se esconde perto daquele canto sombrio próximo ao crânio... Enfim. É mais ou menos assim que funciona. Eu nunca consigo controlar e possivelmente nunca poderei explicar como consegui pensar nisso tudo (que eu acabei de dizer logo acima) em menos de 30 segundos enquanto estava mijando (é exatamente essa palavra que eu gostaria de usar, mesmo o corretor de textos tentando inutilmente me fazer mudar para algo mais “bonitinho” como “fazendo xixi").

Aqui um blog poético de um amigo mexicano: Asilo de Letras

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