Ao seu próprio
modo ele costumava ser um cara de pequenos prazeres. Como quando o vapor de uma
xícara de café subia quente aos seus olhos e embaçava as lentes sujas dos seus
óculos de armação grossa, e então, ele sorria e esperava calmamente que se
dissipasse, enquanto que por poucos segundos esquecia-se de onde estava. Ou quando
uma conversa interminável entre duas pessoas, a quilômetros de distância, o
fazia ter esperanças de que era possível se apaixonar apenas pelo modo de
pensar de outro ser humano e que nada mais importaria. E que aquele simples
sorriso gentil de um estranho cruzando seu caminho em uma avenida lotada,
significava que eram espíritos amigos de longas datas felizes em se ver
novamente, mesmo que brevemente.
Era isso que o
fazia feliz.
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